Não existem soluções mágicas para problemas e a criatividade não "brota" de nenhum lugar

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De uns tempos para cá, as habilidades comportamentais se tornaram as queridinhas do mercado de trabalho, isso por que o nosso mundo está cada vez mais complexo, e aquelas fórmulas prontas que eram usadas para resolver certas questões, já não servem para os problemas de hoje.

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Escrito por Michele Silocchi

em 24/06/2020

De uns tempos para cá, as habilidades comportamentais se tornaram as queridinhas do mercado de trabalho, isso por que o nosso mundo está cada vez mais complexo, e aquelas fórmulas prontas que eram usadas para resolver certas questões, já não servem para os problemas de hoje.

 

Com muitas soluções nos mais distintos segmentos sendo solucionadas através da tecnologia e da automação de processos, abre-se espaço para as competências comportamentais, entre elas a criatividade.  

 

Um estudo conduzido pelo Linkedin, em 2019, mostrou que os recrutadores consideram as habilidades comportamentais tão ou mais importantes que as competências técnicas na hora de contratar alguém.

 

Em 2016, o Fórum Econômico Mundial apresentou no relatório The future of Jobs as 10 competências comportamentais que todo profissional deveria desenvolver até 2020. Num período de 5 anos a criatividade saiu da 10a posição para a 3a.

 

Foi-se o tempo em que a criatividade era uma skill valorizada apenas em certas áreas e profissões que trabalhavam diretamente com o mercado criativo e artístico. Hoje, essa habilidade passa a ser demandada nos mais diferentes setores e cargos.

 

Não se trata apenas de usar a criatividade para criar, mas sim para resolver as questões e problemas do dia a dia de forma inovadora. 

 

Assim como toda a habilidade ela pode ser desenvolvida ao longo do tempo. A única questão é que se adquire esse tipo de habilidade na prática. Por exemplo, podemos assistir a todos os episódios de Masterchef, porém não significa que aprenderemos a cozinhar. É preciso arregaçar as mangas, colocar a mão na massa e começar a praticar.

 

Como estimular a inteligência criativa?

 

Muitas pessoas pensam que a criatividade é um dom impraticável. Mas na verdade a capacidade criativa é natural do cérebro do ser humano. O que faz alguns de nós “mais criativos” que outros é as horas dedicadas exercitando essa habilidade.

 

Separamos algumas dicas para que você possa começar essa jornada agora:

 

1: Ser curioso é a característica primordial do criativo. Questione e explore o mundo ao seu redor. Busque e leia conteúdos relacionados a qualquer tema, não só o que você atua.

 

2: Esteja aberto para novas experiências. Pode começar mudando hábitos simples: mude o caminho até o trabalho, troque o seu cardápio do café da manhã, dê uma nova chance para aquela comida que você diz não gostar ou simplesmente escute aquela banda ou veja um filme que você nunca escolheria.

 

3: Amplie o seu repertório. Cercar-se de referências, informações novas, boas ideias e pessoas inspiradoras aumenta a possibilidade de conexões criativas que o nosso cérebro é capaz de fazer.

 

Os vídeos do Ted Talk são uma forma simples e rápida de consumir informação relevante.

 

4: Não tenha preconceito de informação. Se você fica refém do algoritmo das suas redes sociais isso vai limitar o seu potencial criativo, porque todo o seu repertório vai estar enviesado. E como a gente está cada dia mais conectado, fuja das armadilhas das redes sociais e tente transitar por outras áreas.

 

5: Conheça e experimente as técnicas e fermentas de estímulo: o Google desenvolveu uma metodologia denominada Design Sprint, composta por uma sequência de etapas para transformar ideias subjetivas em soluções reais e concretas.

 

Esta é apenas uma das habilidades que você precisa desenvolver para que você seja relevante no futuro das profissões, principalmente se considerarmos que os robôs, pouco a pouco vão mudando as nossas profissões. Precisamos sim ser cada vez mais criativos para nos reinventarmos frente à tecnologia.

 

Escrito por: Michele Silocchi

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